A “Portugal AVC” foi fundada em 23.set.2016 e é a única entidade associativa nacional protagonizada por sobreviventes de AVC, mas com a participação de cuidadores, e profissionais de saúde das mais diversas áreas ligadas ao AVC. Com dois objetivos: contribuir para encontrar resposta às necessidades sentidas pelos sobreviventes de AVC e cuidadores, ajudando-os a ter “voz própria”, e a promoção e colaboração em iniciativas que visem contribuir para a prevenção do AVC e suas consequências.
Tendo definido, nesta fase, 3 grandes objetivos prioritários:
– Fornecer informação precisa, simples, prática, de qualidade (por ex. via site, redes sociais, através de folhetos, publicações como o “Guia do Sobrevivente de AVC e do Cuidador”, etc).
– dar voz aos sobreviventes e cuidadores, ser melhor “altifalante”, inclusive junto de entidades oficiais e da comunicação social (como são exemplo as múltiplas intervenções e audiências);
– apoiar e fomentar a ajuda mútua, em diversas formas:
+ Internet, Facebook, Email, Telefone, … (solicitações diárias, de todo o país);
+formas que, localmente, facilitem o agregar de sobreviventes de AVC – por exemplo, os Grupos de Ajuda Mútua.
Para além de outras atividades, incluindo na área da prevenção.
Esta forma de estar parece-nos eficaz e tem que ver, inclusive, com a “especificidade” do AVC, que, como sabido, é a 1ª causa de morte e de incapacidade em Portugal. Com efeito, como doença cerebrovascular e de índole neurológica, o AVC pode gerar múltiplas formas de incapacidade, sejam motoras, comunicativas, visuais, cognitivas, e muitas outras. E atingindo todas as idades. Podemos dizer que cada AVC é único, e o processo de recuperação é único.
Daí que, e estamos a conduzir a nossa ação por aí, que, mais do que “organização assistencial”, é importantíssimo responder, quiçá, ao mais grave problema para quem sofreu um AVC: o isolamento, o fechar-se em si mesmo, a auto e hétero exclusão social, as depressões, … Para além de termos também como o apoio outras necessidades com que diariamente nos deparamos (por exemplo, através do serviço social), como dito.